sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Reviravolta

As perturbações me perseguem; não em pensamento ou no coração, mas na alma. Eu transpiro stress, eu falo irritada e durmo com problemas; ''durmo''. Engulo cada pedrinha do dia-a-dia, cada sapo que me empurram goela abaixo e tolero qualquer frase mal feita ou aquele famoso ''Não quis dizer isso'' e até entonações erradas. Eu aguento, não firme e nem forte, mas estou aqui, não estou? Minha perna bambeia sim, eu fico tonta, ''piso na bola'', mas permaneço aqui e ai de quem ousar tentar me tirar. Eu pareço uma bombinha, saio gritando ao mundo minha indignação, minha revolta e meus palavreados mais chulos; machuco quem não merece, quem não tem haver, quem ta aqui para o meu bem e às vezes quem ta aqui para o contrário -ainda bem! Falo o que não devo, faço o que não quero, me encho de orgulho, bato no peito e em seguida morro de arrependimento; engulo o orgulho amargo no sabor de um gole único e corro atrás do prejuízo. Pois sei que não há mal que não se converta em luz. Eu me mantenho aqui, o mais firme e ereta que meus músculos aguentam, ainda que eu não aguente mais nada, pois sei que enquanto aqui é noite, do outro lado é dia.

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