quarta-feira, 20 de março de 2013

Ninar

Quero parar o relógio
Voltar o ponteiro...
E roda-lo, roda-lo, roda-lo
Até o tempo que me aconchegava no colo materno
Feito criança frágil
Que ainda sou.

Vou estagnar a vida
-Que vida!?
Pergunta minh'alma gritante.
Não posso;
A senhora do tempo há de existir
Mas não a sou.

Quero me deliciar
No dengo inocente
De quem nem se entende por gente
E chora de birra
Puro drama
Afim de atenção.

Quero carícia,
Beijo na testa,
Mãos quentes
Acariciando os fios de meu cabelo;
Que gostoso
Seria amar de novo.

Quero ouvir:
"É apenas uma criança..."
E me isentar dos erros
Imaturos
De adulto.

Não aguento o ritmo
Não puxo o tranco,
Morrerei por isso?
Me perdoe oh pátria
E mãe.

Cansei de crescer
Correr
Lutar
Chorar
Cair
Levantar.
Quero parar!!!!

Eu paro:
Se não a vida
A poesia.
...parei.

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