sexta-feira, 13 de setembro de 2013

00:30

Os sonhos foram deixados na estrada,
Caminho em direção a realidade,
Que muda a textura do chão,
Num fluxo lento e contínuo atinjo a meia idade.

É visível aos olhos,
Diariamente, a cada fração de segundo,
Minha pele envelhece, enruga, morre,
E minhas costas reclamam do peso de... tudo.

Habitualmente lido com isso,
O tempo me arrasta a força,
Não que deseje retroceder,
Somente cansei de não bancar a boba.

Ao olhar no espelho, vi o reflexo do relógio,
As horas não mentem e já se passaram meia hora,
Meia hora que é meia idade que é meia energia que é meia paciência
Que é meia rasgada, velha, surrada, perdida - bosta!

Mas a verdade é que apesar de morrendo, quero viver,
Mesmo chorando, caindo, sofrendo... - respira....
Pois a verdade me foi revelada:
A causa da morte é a vida.

Faz parte do show nascer, crescer,
É consequência amadurecer, reproduzir,
Está no roteiro envelhecer
E quando der por mim... - morri.

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