domingo, 1 de setembro de 2013

Amém?!

Gente sonsa,
Se faz de boba,
Mas de boba não tem nada.
Que diz amém,
Parece ser do bem,
E quando sorri, faz-me parecer ingrata.

Estou farta,
Desses tais,
Que se curvam em fé.
Pelos caminhos,
Me apontam,
Dizem querer me ver de pé.

Eu agradeço,
Toda a dedicação,
Mas sigo sozinha - amém! - com meu próprio sermão.
Me perdoem
O incômodo,
Mas não compactuo com vocês, meus irmãos.

E eu festejo,
Com imensa satisfação,
Faltam só alguns meses para sair da bolha.
Já sinto o vento,
Um pecado, uma garoa,
Um sentimento próprio do mundo; que coisa boa!

Mas agora
O céu festeja,
Mais um filho livrado dessa falsa profecia.
Só alerto,
Em nome de Amor,
Que é preciso dosar, o excesso traz agonia.

Pois bom,
Bom mesmo,
É ser de carne, e osso, e humano.
Já que,
Ser mal,
Falhar, pisar na bola, e xingar, não torna desumano.



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